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Varíola dos macacos: 50,8% dos casos no AM tiveram ato sexual como provável forma de infecção

De acordo com boletim da FVS-RCP, maior parte dos casos foi registrada em Manaus

O Amazonas já registrou 122 casos de varíola dos macacos, de acordo com boletim divulgado pela Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas - Drª Rosemary Costa Pinto (FVS-RCP), nesta sexta-feira (7).  O documento compreende os últimos três meses da doença no estado (de 1º de julho a 1º de outubro) e destaca as orientações de prevenção para a população.

A principal orientação de prevenção segue sendo evitar contato íntimo ou parcerias sexuais desconhecidas e/ou múltiplas, já que dos 122 casos confirmados de monkeypox, de 1º de julho e 1º de outubro, em 62 (50,8%) a principal forma de transmissão relatada foi a sexual. Outros 48 pacientes (39,3%) relataram não ter conhecimento da forma provável do contágio.

Dos 122 casos confirmados de monkeypox, no período relatado, 119 (97,5%) foram em Manaus, seguido de 2 (1,6%) em Iranduba, 1 (0,8%) em Parintins. Ainda dos 122 casos confirmados, o sexo predominante foi o masculino, com 118 (96,7%) dos registros.  A raça/cor parda representou 64,8% (79) dos casos, seguido da branca, com 40,4% (30).

As faixas etárias de 18 a 29 anos e 30 a 39 anos representaram 51,6% (63) e 40,2% (49) dos casos, respectivamente, sendo a média de idade dos casos confirmados de 29 anos (mínimo 19 anos e máximo 57 anos). Entre os 4 casos confirmados do sexo feminino, não foram registrados casos em gestantes.

A diretora-presidente da FVS-RCP, Tatyana Amorim, destaca que a rede de saúde está preparada para realizar as coletas e diagnóstico para monkeypox. “Toda a rede de saúde está estruturada com insumos disponíveis para a coleta de exames para análise laboratorial. Ao suspeitar da doença, no caso de aparecimento de lesões (bolhas) ou feridas, procure um serviço de saúde”, destaca Tatyana.

Tatyana destaca que todas as Vigilâncias em Saúde Municipais estão atentas ao cenário de monkeypox. “O Amazonas reforça, junto aos veículos de mídia, desde a detecção do primeiro caso confirmado, de forma transparente, a importância das medidas de prevenção com campanhas publicitárias e boletins diários da doença”, acrescenta a diretora.

No caso de lesões características de monkeypox ou diagnóstico confirmado para a doença, a orientação é comunicar às suas parcerias sexuais nos últimos 21 dias para realização do autoexame. Todos os 122 casos confirmados no período de 1º de julho a 1º de outubro relataram, pelo menos, um sinal ou sintoma.

Os mais frequentes sintomas foram: erupção cutânea (87%), febre (77%), dor de cabeça (47%), lesão genital/perianal (46%) e fraqueza (45%). “É importante realizar o autoexame e, diante dos primeiros sinais e sintomas, comunicar os parceiros e buscar um serviço de saúde. Essa observação é essencial para a detecção da doença de forma precoce”, destaca o diretor técnico da FVS-RCP, Daniel Barros.

Em casos suspeitos, a recomendação é ficar em isolamento até resultado laboratorial. Em casos confirmados, manter isolamento até total cicatrização da lesão, evitando contato com outros indivíduos.

Caso o contato seja necessário, cobrir as lesões usando roupas compridas e higienizar as mãos com frequência. Outras medidas para casos suspeitos e confirmados incluem o não compartilhamento de alimentos, talheres, roupas, roupas de cama, toalhas e outros objetos que também devem ser manipulados com cuidado, sem contato direto com as mãos e com o corpo.

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