Ir para o conteúdo

Dramaturgo amazonense Francisco Carlos, autor de 'Jaguar Cibernético', morre no Rio

Morreu no Rio de Janeiro, na quinta-feira, 17/12,  aos 63 anos, o dramaturgo e diretor amazonense Francisco Carlos. A morte foi confirmada por sua amiga Majeca Angelucci, atriz, de 53 anos. O artista foi encontrado morto na manhã de sexta-feira na casa de Roberta Salgado, onde estava morando temporariamente. O filho de Salgado, César Oticica, de 52 anos, diz que a suspeita é de um infarto fulminante. A informação foi publicada pela Folha de S. Paulo.

Carlos já dirigiu mais de 40 peças de sua autoria —que inclui textos como "Banana Mecânica", "Namorados da Catedral Bêbada" e a sua chamada tetralogia canibal, "Jaguar Cibernético"— além de shows e óperas. Ele também foi destaque da 20ª edição do Festival de Teatro de Curitiba, um dos maiores eventos do setor no país.

Carlos já dirigiu mais de 40 peças de sua autoria, que inclui textos como "Banana Mecânica"

O artista, que era formado em filosofia pela Universidade do Amazonas, ficou conhecido por retratar em suas obras figuras mitológicas da cultura brasileira, sobretudo de povos indígenas, e embates entre diferentes etnias.

"Meu teatro representa aquele que não é o eu, o ego, branco, ocidental, normal. Eu uso a arte para apresentar o outro", disse Carlos em entrevista à Folha, em 2011.

"A obra dele é algo monumental. Além de dramaturgo, era escritor e pesquisador", diz Angelucci. "Eu fui curadora de várias mostras que ele participou e posso dizer que quando o conheci fiquei inacreditada com todo aquele talento."

O amazonense deixa uma irmã e uma sobrinha. Seu corpo será levado a Manaus, no Amazonas, para ser velado pelos familiares, informou Oticica.

O amazonense deixa uma irmã e uma sobrinha
Publicidade ATEM
Publicidade TCE
Publicidade CIESA
Publicidade BEMOL
Publicidade UEA

Mais Recentes