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Dito & Feito - Menos, senhores, menos! – Está na hora dos políticos do Amazonas parar de bajular Bolsonaro

Está na hora dos políticos do Amazonas que bajulam o presidente Jair Bolsonaro (sem partido)  caírem na real, respeitar a população do Estado que o elegeu e respeitar a sua própria história pessoal.

O colapso do sistema de saúde de Manaus, que é parte  da crônica de uma tragédia anunciada, foi alertado muito antes ao governo federal,  que nada fez. A morte de amazonenses por asfixia foi um sacrifício desnecessário, com resquícios de crueldade. O colapso do sistema de saúde poderia ter sido evitado se medidas mais contundentes tivessem sido tomadas com antecedência, nos meses de setembro e outubro. Mas não houve nenhum interesses.

Onde eles estavam?

Enquanto as pessoas morriam , acabou o oxigênio e os hospitais “viraram câmaras de asfixia”, como alardeou o pesquisador Jesem Oerellana, da Fiocruz-Amazônia, o senador Plínio Valério (PSDB-AM) aplaudia a prêmio de “melhor do mundo” do presidente do Banco Central;

Eduardo Braga (MDB-AM) negociava com a bancada do PT tentando apoio para sua candidatura a presidente do Senado; e o senador Omar Aziz (PSD-AM), silenciava por motivos óbvios (ele acabara de perder um irmão para a Covid).

Cegos, surdos e mudos

Já na bancada federal, onde o número de “fechados” com Bolsonaro é muito maior, apenas os deputados Marcelo Ramos (PL-AM) e José Ricardo (PT-AM) tentaram ajudar de alguma forma. Contudo, sem cutucar ou arranhar a imagem do  “mito”.

Muy amigo

A omissão não ficou por aí. O deputado Capitão Alberto Neto (Republicanos-AM ), que se diz “assim com Bolsonaro” nada fez ou questionou a forma esdrúxula como seu estado, e os cidadãos que o elegeram, foram tratados pelo governo federal.

Primeiro “compadre”

O ex-superintendente da Suframa, coronel Alfredo Menezes  que se autointitula “primeiro compadre” não se furtou a pegar o telefone, já que é íntimo do presidente, e telefonar cobrando ao menos a remessa de oxigênio que não veio.

Pazuello sabia

Aliás, foi o mesmo epidemiologista Jesem Orellana, da FioCruz Amazônia que, durante o mês de setembro, apresentou provas às autoridades de saúde pública de Manaus e do Amazonas que indicavam um novo crescimento das hospitalizações e das mortes por covid-19 em Manaus.

Poderia ser evitado

Segundo ele,  a retomada desses índices já era suficiente para a adoção de medidas mais restritivas na capital amazonense.

—  Se tivéssemos achatado a curva de contágios drasticamente entre setembro e outubro, muito provavelmente não teríamos esse colapso de agora –, defende.

Cloroquina neles

De posse dessas informações, sabe o que o governo de Jair Bolsonaro, idolatrado por político do Amazonas – com raras exceções –,  fez?

Mandou o seu ministro-general, Eduardo Pazulello, enviar de 120 mil comprimidos de hidroxicloroquina, no rol de medicamentos destinados ao tratamento da Covid-19.

Essa foi a resposta. Enviar medicamentos sem nenhuma comprovação científica de que pode ser usado contra a Covid-19.

Mas é só ele?

Bem a propósito, os deputados estaduais Wilker Barreto (Podemos) e Dermilson Chagas (Podemos), protocolaram representação no Ministério Público Federal do Amazonas (MPF/AM) civil e criminal contra o governador Wilson Lima (PSC) pelos possíveis crimes de improbidade administrativa e gestão temerária.

Wilker e Dermilson culpam apenas o Governo do Estado. E o governo federal, não tem responsabilidade pelo colapso em Manaus?

Perguntar não ofende

Por que Wilker e Demilson miram apenas o governo do estado? E o presidente Bolsonaro, e o ministro Eduardo Pazuello, estão inocentes nesta história de terror?

Socorro ao interior

A Assembleia Legislativa poderá utilizar R$ 20 milhões do  orçamento para socorrer as prefeituras do interior do estado, diante da fase mais problemática da pandemia do novo coronavírus. Isso se for acatada a proposta feita pelo deputado serafim Corrêa (PSB), em sessão virtual  desta terça-feira, 18/01.

Tomara que aprovem

A ideia de Sarafa é que o Poder Legislativo transfira R$ 20 milhões do seu caixa para o Fundo Estadual de Saúde (FES), que repassará o valor,  proporcionalmente à população, para os fundos municipais de saúde de cada um dos 61 municípios do interior.

Onde o calo aperta

Serafim justificou que é o prefeito do interior é que sabe se está precisando de oxigênio,  dipirona, EPI. E ele tendo o dinheiro na mão vai poder utilizar da melhor maneira para  dar “uma resposta rápida aos irmãos do interior”.

— Eu entendo que esse é o melhor caminho que nós temos, porque quem sabe onde o calo está apertando é o prefeito do interior 0, argumento o pessebista.

Agonia continua

Engana-se quem anda propalando que, depois do colapso,  vencemos a falta de oxigênios em hospitais. Ainda não. O colapso na saúde do Amazonas têm atingido não só Manaus como todo o estado.

Morte por asfixia

Sete pacientes morrem por falta de oxigênio no interior do Amazonas, mais precisamente em Coarí. A Prefeitura do município culpa falhas no planejamento do Amazonas para distribuição de insumos.

Distante 363km da capital amazonense, a prefeitura de Coari divulgou uma nota, nesta terça-feira (19/1), em que diz que sete pacientes com covid-19 morreram na cidade por falta de oxigênio.

Mirem-se no exemplo

Nem só de fender os bicos vive Joana Darc (PL). A deputada abrirá mão de 100% de seu salário como parlamentar neste mês de janeiro e doará para compra de recargas de cilindros de oxigênio para hospitais e  unidades de saúde de Manaus.

— Usarei o valor integral do meu salário de janeiro para doar recarga aos cilindros de oxigênio que estão vazios nos hospitais e SPAs. Sei que o problema é encontrar onde abastecer, mas contarei com a ajuda de vocês nessa questão –, anunciou Joana.

40 cilindros

A deputada espera que  o valor do salário possa ajudar com cerca de 40 cilindros recarregados.

— Caso se mantenham os valores de mercado, vamos conseguir recarregar um pouco mais de 40 cilindros.  Juntos podemos doar algo nesse momento tão difícil para todos –, incentivou La darc.

Ameaça de morte

Médicos infectologistas estão sofrendo ameaças de morte por negacionistas bolsonarisatas por não receitarem tratamentos com medicamentos contra a Covid-19 sem comprovação científica, como a cloroquina e ivermectina.

A denúncia foi feita pelo médico Sérgio Cimerman, coordenador Científico da Sociedade Brasileira de Infectologia e médico do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, durante o evento de início da vacinação no país no último domingo (17).

A denúncia

— Na luta da nossa especialidade, agora eu vou abrir aos jornalistas, estamos sofrendo ameaças de morte constantes por parte de negacionistas (...) não só eu como todos os diretores da sociedade brasileira de infectologia, que não apoiamos a cloroquina, ivermectina e o tratamento precoce –, disse Cimerman.

Sem medo de fazer ciência

A CoronaVac é produzida pela chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantã e o outro imunizante é fruto de uma parceria entre a Astrazeneca e Universidade de Oxford em parceria com a Fiocruz.

— Nós não nos furtamos até hoje de fazer a ciência e nós vamos continuar, com ameaças de morte ou não, seguindo na luta", completou o infectologista

ÚLTIMA HORA

Um dos autores do pedido de impeachment contra a ex-presidente Dilma Rousseff, o jurista Miguel Reale Júnior defendeu que o Ministério Público peça que o presidente Jair Bolsonaro seja submetido a uma junta médica para saber se ele teria sanidade mental para o exercício do cargo.

Ex-ministro da Justiça no governo Fernando Henrique Cardoso, Reale Júnior disse ao jornal O Estado de S. Paulo que o presidente deve ser considerado “inimputável” por ter participado de uma manifestação ontem contra o Congresso Nacional e o Supremo Tribunal Federal (STF) em Brasília, em plena pandemia de coronavírus.

ORGULHO

A Venezuela foi um dos países que socorreu o Amazonas na hora do sufoco da falta de oxigênio. O país de Nicolás Maduro enviou um carregamento com 107 mil metros cúbicos de oxigênio. As carretas, cada uma transportando cerca de 25 mil metros cúbicos, atravessaram a fronteira com o Brasil na tarde deste domingo e deverão chegar a Manaus nesta segunda-feira, 18. O ministro das Relações Exteriores da Venezuela, Jorge Arreaza, informou que os primeiros caminhões partiram no sábado da fábrica do SIDOR, em Puerto Ordaz, a 1.500 quilômetros de Manaus. O governador  Wilson Lima agradeceu ao governador do Distrito de Bolívar, na Venezuela, e considerou a doação uma “carga significativa” para o estado.

VERGONHA

Nego do Borel pode ser preso por tentativa de feminicídio. O cantor agora passará a responder pelas supostas agressões e tentativa de feminicídio contra sua ex-namorada Swellen Sauer. Além de estupro de vulnerável, ameaça com faca, injúria e lesão corporal contra Duda Reis, Nego do Borel será investigado também por tentativa de feminicídio – assassinato de uma mulher – após uma denúncia feita por outra ex-namorada, Swellen Sauer. O cantor foi acusado de tentar enforcá-la usando um carregador de celular em 2013. A delegada Sandra Maria Pinheiro Ornellas, diretora do Departamento Geral de Polícia de Atendimento à Mulher do Rio de Janeiro, abriu um inquérito contra Nego e disse que ele poderá ser preso pode até ser preso mesmo durante as investigações.

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