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Dito & Feito - Madeira ilegal é liberada pela justiça. Ricardo Salles comemora e “vai passando a boiada”

Uma decisão da Justiça Federal do Amazonas que foi parar no Jornal Nacional indignou o país.

A juíza federal  Mara Elisa Andrade liberou, nesta quarta-feira 5, uma carga de madeira confiscada na maior apreensão do gênero realizada pela Polícia Federal, na Operação Handroanthus.

A notícia foi comemorada pelo ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles nas redes sociais, que repostou notícias com a decisão e o texto da juíza na íntegra. “Vejam, era mentira que ninguém tinha aparecido como dono da madeira e que não havia procurado a Justiça. Essa sentença de hoje desmente isso, escreveu.

O assunto ganhou ainda mais relevância depois que Salles, foi acusado por Alexandre Saraiva, ex-superintendente da Polícia Federal no Amazonas, de ter agido para proteger os madeireiros envolvidos no caso. Saraiva narrou os fatos ao Supremo Tribunal Federal em uma notícia-crime e... foi demitido por Bolsonaro.

Dupla dinâmica

Conforme a denúncia, tanto Salles quanto o senador Telmário Mota (PROS-RR) agiram para obstruir a investigação e ajudar os supostos criminosos. A dupla teria, segundo Saraiva, convocado uma reunião com os madeireiros, na qual teriam recolhido documentos que indicavam “fraude na titulação de terras em nome de terceiros”.

Nó na madeira

Segundo a Polícia Federal, havia irregularidades no Plano de Manejo Florestal das empresas investigadas, o que favorecia a exploração de madeira em locais não regularizados.

Então, tá!...

Para a juíza Mara Elisa Andrade, entretanto, as investigações “ainda estão em fase incipiente” e evidenciam “a fragilidade com a qual atos persecutórios ostensivos e restritivos de direitos e liberdades teriam sido praticados”.

—  Não está claro que a a apreensão tenha ocorrido em contexto de flagrante delito – decidiu a magistrada.

Então, tá!

Rolando Lero

Durante depoimento do ministro na CPI da Covid, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, tentou se esquivar de perguntas sobre temas como cloroquina e isolamento "vertical".

A postura titubeante gerou irritação entre os senadores que participam da audiência, realizada nesta quinta-feira, 6, hoje, presencialmente, no Senado.

Responda “sim ou não”

O relator da comissão, Renan Calheiros (MDB-AL), chegou a fazer uma provocação e pedir que o depoente respondesse com "sim ou não" aos questionamentos.

— O senhor compartilha ou não das opiniões do presidente? É uma pergunta objetiva. O senhor pode dizer sim ou não", persistiu Calheiros ante à resistência de Queiroga.

Até minha filha

Já o presidente da CPI, Omar Omar Aziz (PSD-AM), ironizou:

—  Até minha filha de 12 anos falaria sim ou não!

Braga põe pra cima

O senador Eduardo Braga (MDB-AM) foi pra cima do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, mas o ministro enrolou, enrolou e não respondeu nada.

Eduardo Braga pressiona o ministro Queiroga na CPI da Covid

Um ano de enrolação

O líder do MDB no Senado pediu celeridade na definição de um protocolo sobre o uso da cloroquina, medicamento ineficaz no combate à Covid-19.

—  Cloroquina é certo ou errado? Estamos há um ano, 2 meses e 10 dias vendo brasileiros morrerem e uma discussão política sobre cloroquina –, questionou Eduardo.

Bom pra malária

O emedebista critica o uso de cloroquina  após o senador Eduardo Girão (Podemos-CE) defender a prescrição de itens do chamado “Kit Covid”.

— Eu tomei cloroquina contra a malária, não contra a Covid –, acrescentou.

Embromation

Braga foi incisivo nas perguntas e em determinados minutos chegou a se irritar com o “embromation” de Queiroga. O senador criticou a lentidão do Ministério da Saúde em definir um protocolo de atendimento aos pacientes de Covid e a demora na vacinação.

Situação extrema

Braga colocou Queiroga nas cordas ao perguntar se estamos ou não vivendo uma “situação extrema”.

Se o registro de 400 mil mortes não é situação extrema, eu não sei o que é mais –, disse Braga.

Omar critica

E por falar em Omar Aziz, o presidente da CPI da Covid afirmou que as dificuldades do Brasil para ter acesso a insumos para a fabricação de vacinas contra a covid-19 poderão se agravar em razão da insinuação feita pelo presidente Jair Bolsonaro.

Vai piorar

Sem citar nomes, Bolsonaro acusou que a China pode ter criado o novo coronavírus em laboratório como parte de uma "guerra química".

— Eu acho que a situação nossa em relação a ter insumos vai piorar com essa declaração, hoje –, disse Aziz.

Nas mãos dos chineses

O senador lembrou que o Brasil está na mão dos chineses, para trazer o IFA [Ingrediente Farmacêutico Ativo].

— Hoje foi ruim chamar de guerra química e tal.  Nós não temos condição de IFA aqui, e nem vamos ter tão cedo.

Pare de cutucar

A gente depende da Índia para alguns insumos, depende da China para outros insumos.

— Então eu acho este não é o momento de a gente cutucar ninguém –, declarou Aziz.

Capitã Cloroquina

Durante sessão da CPI da Covid , o relator, senador Renan Calheiros (MDB-AL), apresentou um requerimento para convocar a secretária de Gestão do Trabalho do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro , conhecida como "Capitã Cloroquina".

Atacou Manaus

Em depoimento prestado por Pinheiro ao Ministério Público Federal (MPF), a Capitã Cloroquina  confirmou que foi a responsável pelo planejamento de uma comitiva de médicos que veio a Manaus difundir o uso de medicamentos sem eficácia comprovada contra a Covid-19.

Na capital do Amazonas, a Capitã Cloroquina sapecou cloroquina, hidroxicloroquina e azitromicina.

Wilson ouve empresários

O governador do Amazonas, Wilson Lima, se reuniu com representantes das mais de 400 empresas instaladas no Polo Industrial de Manaus (PIM), nesta quinta-feira (06/05), para debater a prorrogação da lei que regulamenta a Política Estadual de Incentivos Fiscais e Extrafiscais - Lei 2.826, de setembro de 2003.

Segurança jurídica

O objetivo do governador é dar segurança jurídica às empresas e atrair novos investimentos para o PIM. Além de simplificar alguns trechos da norma atual que tem validade até 2023.

Governador se reuniu com representantes do PIM

Doença mental

O deputado Fausto Pinato (PP-SP) disse, nesta 4ª feira (5.mai.2021), que o presidente Jair Bolsonaro pode ter uma “grave doença mental” que o faz “confundir realidade com ficção”, e sugeriu uma interdição civil para tratamento médico.

Agressão à China

Pinato divulgou uma nota da Frente Parlamentar Brasil China, presidida por ele, criticando declarações do presidente.

O congressista publicou o conteúdo em seu perfil no Twitter, dizendo eu “não compactuaremos com afirmações desrespeitosas e irresponsáveis contra a China que tem sido grande parceira do Brasil na luta contra a pandemia do Covid-19.

Canibalismo

Com o apoio do Batalhão Ambiental, a deputada licenciada Joana Darc (PL) foi pessoalmente na noite dessa terça-feira (4), verificar uma denúncia grave de maus-tratos contra animais domésticos.

De acordo com a denúncia anônima recebida pela parlamentar, os animais famintos estavam devorando uns aos outros para sobreviverem, o que expõe a gravidade do caso.

Se for confirmada a prática de maus-tratos, os tutores podem pegar até 5 anos de prisão.

Quem comeu quem?

O material distribuído pela assessoria da deputada não informa em nenhum momento quem comeu quem. Fala somente em “animal”, mas não fiz qual o tipo de bicho. Se foi cachorro  que comeu gato, se gato comeu cachorro ou se uma onça comeu os dois.

Pode dar cadeia

De qualquer forma, um Boletim de  Ocorrência foi registrado e os suspeitos deverão prestar depoimento sobre o ocorrido. Se for confirmada a prática de maus-tratos, os tutores podem pegar até 5 anos de prisão.

ÚLTIMA HORA

Medo de perder a eleição

Vai  impresso em 2022 e ponto final”, diz Bolsonaro

O presidente Jair Bolsonaro voltou a defender o voto impresso durante transmissão ao vivo realizada nesta quinta-feira (6). O mandatário atacou o ministro Luis Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, e disse que, se o Parlamento aprovar, “vai ter voto impresso e ponto final”.

— Alguns acham que pode ter fraude apenas pra presidência… Se enganam. Pode ter pra senador, pra deputado federal e deputado federal. E se vier um ‘Fraudão’ aí, vai reclamar com quem? Com o Papa?”, afirmou o presidente, fazendo campanha para o projeto de lei de autoria da deputada bolsonarista Bia Kicis (PSL-DF).

— Se o Parlamento brasileiro, por maioria qualificada, aprovar e promulgar, vai ter voto impresso em 2022 e ponto final. Não vou nem falar mais nada. Vai ter voto impresso. Se não tiver voto impresso é sinal de que não vai ter eleição. Acho que o recado tá dado –, completou, com ares de ditador.

ORGULHO

Susana Garcia, amiga de Paulo Gustavo e diretora de seus filmes, revelou que o ator fez doações milionárias antes de falecer, há dois dias, por complicações da Covid-19. A diretora ainda trouxe à tona a ação de Paulo Gustavo quando o sistema de saúde da capital do Amazonas entrou em colapso:

— Na crise em Manaus, enviou 500 mil reais para compra de oxigênio e nunca divulgou nada. Lembro, um dia, antes de ser intubado, que me disse que estava sentindo muita falta de ar, mesmo com cateter de oxigênio, e que você estava feliz de ter comprado oxigênio para as pessoas

VERGONHA

O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, discutiu hoje com deputados durante uma reunião conjunta das comissões de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável e Viação e Transportes. Durante o bate-boca, Salles foi xingado de "moleque" e "cínico" e acusado de mentir. Ao rebater, cobrou recursos de emendas parlamentares para sua pasta e chamou um deputado de "ambientalista de palanque". Tudo começou quando o ministro do Meio Ambiente fez uma ironia com o deputado Paulo Guedes (PT-BA), homônimo do ministro da Economia. Quando Salles elogiou o "Paulo Guedes do governo Bolsonaro", a quem chamou de competente e prestigiado, o deputado Paulo Guedes entendeu que a fala sugeria que ele diferentemente de seu xará, seria incompetente.

— Moleque! Respeite essa casa, moleque! – xingou um deputado.

— Ministro, toma vergonha na sua cara! –, atacou outro.

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