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Dito & Feito - Fausto Jr. é 'trucidado' na CPI e deixa colegas de 'cabelos em pé'

A Assembleia Legislativa do Amazonas ficou com vergonha do ex-relator da CPI da Saúde na Assembleia Legislativa do Amazonas no ano passado deputado Fausto Jr.(MDB-AM), que nesta terça-feira, 29, depôs na CPI da Covid e foi “trucidado” pelos senadores.

Teve de tudo na CPI. Briga entre amazonenses, ofensas pessoais, ameaça de prisão, ataque de nervos de advogados e, no final, a CPI da Saúde do Amazonas saiu desmoralizada, com direito a respingar no parlamento.

—  Foi uma desmoralização – admitiram parlamentares de oposição, como Wilker Barreto (Podemos) e Serafim Corrêa (PSB).

Fausto mentiu, entrou em contradição, omitiu o que sabia, não soube se defender a ser acusado de ter o “rabo preso” e por várias vezes  se descontrolou emocionalmente a ponto da senadora Soraya Thronicke (PSL-MS) adverti-lo:

— Deputado, o senhor não está na tribuna da Assembleia Legislativa, não. O senhor está numa CPI e foi convocado como testemunha e não para um debate. As respostas de Junior sobre a responsabilização ou não de Wilson Lima eram insuficientes. Ele sinalizou que poderá incluir o deputado no rol de investigados da comissão e defendeu quebra de sigilo para empresas e pessoas que fariam parte de uma suposta rede de conexão entre o governador e o emedebista.

Não era dono da CPI

A exceção de Marcos Rogério (DEM-RR) e Eduardo Braga (MDB-AM) que tentaram socorrer o parlamentar, Fausto foi criticado por não ter avançado com a pandemia, que não foi prorrogada  no momento em que a rede de saúde do Amazonas entrou em colapso.

— Não sou o único responsável. Eu não era o dono da CPI – respondeu o parlamentar.

Ninguém fez nada

Com a parada da CPI da saúde no meio do caminho -já que foi negada a prorrogação –, o Amazonas passou a sofrer graves consequências nos primeiros meses de 2021 devido ao agravamento da covid-19 no país, com as pessoas morrendo nas filas de hospitais e unidades de saúde, sem acesso a oxigênio.

Pressão alta

Os senadores pressionaram Fausto Junior a esclarecer o motivo pelo qual ele não incluiu Wilson Lima (PSC) no relatório da CPI da Saúde, realizada em 2020 no Legislativo estadual para investigar indícios de corrupção durante a pandemia.

Cheiro de corrupção

O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid, Omar Aziz (PSD-AM), apontou um suposto esquema de corrupção envolvendo empresas privadas e agentes públicos no Amazonas.

De acordo com Omar Aziz, o suposto esquema de corrupção livrou Wilson Lima do indiciamento.

Quebra de sigilo

O senador afirmou que a comissão da Casa vai quebrar os sigilos bancário e fiscal de empresas e acionar a Procuradoria-Geral da República (PGR) para investigar a conselheira Yara Lins dos Santos, do Tribunal de Contas do Estado (TCE).

Dois bicudos não se beijam

Os senadores Omar Aziz (PSD-AM) e Eduardo Braga (MDB-AM) tentam conviver civilizadamente, até p/porque são f0s mesmo estado e já estiveram juntos,  politicamente, num  passado  não muito distante. Mas ontem na CPI da Covid, ficou visível que “dois bicudos não se beijam”.

Deu no olho

Em alguns momentos, Braga deu no olho de Omar e Omar deu no olho de Braga. Principalmente quando Omar disse que o líder do MDB estava interferindo para ajudar no depoimento do deputado estadual Fausto Júnior, que é de seu partido.

Anjo da guarda

Por duas vezes Eduardo interrompeu os comentários do presidente da CPI, numa tentativa de proteger Fausto.

Numa delas, advertiu que Fausto Júnior estava ali para falar exclusivamente sobre a CPI do Amazonas e não era obrigado a responder de assuntos que não dizem respeito à investigação.

— Não se esqueça, presidente,  que ele foi convocado como testemunha e  não como investigado –, alertou Eduardo, dando um chega pra lá.

Até tu,  Braga?

Quando Fausto disse que a CPI estadual identificou indícios de corrupção em pagamentos indenizatórios de gestões anteriores, como a de Aziz – que governou o Amazonas de 2010 a 2014), o senador disse que todos fizeram isso, até o senador  Eduardo Braga.

Nos debates acalorados da CPI da Covid, Eduardo Braga bate de frente com Omar

Epa! Comigo não!

Braga saltou nas tamancas e, de dedo em riste, subiu o tom da voz sobre Omar.

— No meu governo, não!  –, retrucou Braga.

Omar ficou quieto e optou por não responder na hora. Mas, quem conhece o palestino, sabe que ele recuou pra  dar o troco lá na frente.

No entanto, o presidente da CPI  reagiu à acusação de Fausto Júnior –, reforçada pelo comentário de Eduardo –,dizendo que só o registro de pagamento, feito sem licitações para situações urgentes, não indica nenhuma irregularidade.

— O deputado Fausto Júnior Junior agiu de má-fé! –, av usou Omar.

Mas que fez, fez!

Algumas horas depois, Aziz pediu para a assessoria de TI do senado abrir um documento no telão. Era o  portal da transparência provado que Braga, quando governador, também fez pagamentos indenizatórios.

— Mas não tem nada demais, senador Eduardo. Isso não quer dizer corrupção, até porque eu conheço o seu zelo com essas coisas pois estava do seu lado   Só que o senhor, há pouco,  disse que não fez isso em seu governo e isso prova que fez – amaciou Omar, que foi vice governador de Braga.

Queria indiciar Omar

Ao tentar explicar por que, como relator da CPI do Amazonas, não indiciou o governador Wilson Lima, Fausto tentou sair pela tangente  dizendo que deveria ter indiciado todos os governadores  desde 2011, “inclusive Omar Aziz”.

Qual o meu crime?

O senador pediu então para ele explicar o que tinha encontrado de irregularidade em 2011. Segundo Fausto Junior, Aziz gastou R$ 50 milhões em 2014 apenas com verbas indenizatórias.

— E isso é um gravíssimo crime? –, questionou Aziz.

Fausto, nitidamente nervoso, falou que considerava a atitude legal, mas condenável.

Colocou no relatório?

— Não há crime! –, devolveu o presidente da comissão.

— Vossa excelência teve a oportunidade de investigar esses pagamentos indenizatórios, mas não fez. Você colocou em seu relatório apenas os números, sem concluir nada.

Ameaça de prisão

Em determinado momento, Omar Aziz falou fora do microfone:

—  A gente vai chegar lá no final e vocês vão ver quem é quem aqui –, disse Aziz, que pronunciou algo mais que não deu para ser ouvido.

Mas  Fausto Júnior enrubesceu mais ainda:

—  Eu falo do seu governo e o senhor me ameaça de prisão, senador? –, questionou o deputado.

Deixe disso, rapaz!

O presidente da CPI respondeu que não estava ameaçando o deputado estadual, mas que ele não deveria fazer acusações só com o registro de pagamentos, feito sem licitações para situações urgentes, não indica nenhuma irregularidade.

Agiu de má fé!

Para o presidente da CPI, Fausto Junior agiu de má-fé.

— A genitora dele aprovou minhas cotas – disse Omar, citando a mãe de Fausto, ex-presidente do TC-AM, Yara Lins dos Santos.

Minha casa, minha vida

Nesse momento o presidente da CPI disse que ia mostrar por que Fausto não indiciou o governador. E mandou projetar no telão as imagens de dois terrenos no condomínio Efigênio Salles, o mais nobre e caro  metro quadrado do de Manaus.

Loteamento chic

O senador  perguntou, mais uma vez,  se o deputado sabia de quem era os lotes. Fausto ficou mais vermelho  que camiseta do PT  e disse que não sabia de quem era e nunca viu o lote preparado para construção.

É de mamãe

Horas depois Omar, mais uma vez, mandou projetar no telão um documento dizendo no nome de quem estavam os terrenos. Depois de mandar ampliar o nome, que estava em letras pequenas, o presidente da CPI voltou a perguntar:

— O senhor conhece a sra.Yara Lins dos Santos?

Se descontrolou

Nesse momento, Fausto Júnior perdeu o controle e sequer conseguiu se exlicar.

— Eu me recuso a falar sobre assuntos da minha vida particular. Respeite uma pessoa que nem presente está –, reagiu o deputado, ferindo-se à sua mãe, conselheira do TCE-AM, que seria a dona das terras.

Daniella contra-ataca

Enquanto isso, nas redes, a jornalista Daniela Assayag  publicou sua indignação à acusação que Fausto fez contra ela na abertura de seu depoimento à CPUI.

Daniela: Fausto Jr. é mal informado, mal intencionado ou "talvez ambos"

“O  deputado Fausto Jr. Mente na CPI, E quem  o chama de mentiroso não sou eu é a Polícia Federal e o  Procurador Geral da República que atestam a minha inocência. Mal informado ou mal intencionado o deputado. Talvez, ambos!”- escreveu Dani.

Arranca-rabo

Quase no final da sessão, a  advogada do deputado estadual do Amazonas Fausto Junior (PRTB), Gina Moraes de Almeida, acabou se envolvendo num arranca-rabo com Omar Aziz (PSD-AM).

Soraya arregaçou

A briga começou durante os questionamentos feitos pela senadora Soraya Thronicke (PSL-MS), que colocou Fausto nas cordas querendo saber por que ele, como relator da CPI da Saúde,  não convocou o governador Wilson Lima, .

Os sem-almoço

Como já era muito tarde,  um dos advogados do deputado questionou se Thronicke tinha almoçado e a senadora responde que sim.

Então mais uma discussão começa quando os advogados tentam justificar que Fausto Junior  não havia comido e por isso não estaria respondendo as perguntas corretamente.

Hora do rango

A senadora Thronicke sugeriu, apontando para o rango.

— Tem comida ali, é só pedir. O senhor não é o depoente –, disse Soraya para um dos advogados.

Ataque de nervos

Aziz então apontou para a advogada de Fausto. Não foi possível ouvir o que o presidente falou mas, em seguida, ela começou a gritar, destemperadamente.

— Me respeite, senador –, gritou Gina Moraes de Almeida – O senhor não pode responder a advogados –, disse.

O áudio da sessão foi cortado.

Circo armado

Depois Omar retomou a palavra para dizer calmamente:

— Doutora ninguém lhe faltou com o respeito. Eu tenho a maior admiração  pela senhora, que é advogada do senador Eduardo Braga –, alfinetou Omar

—  Me respeite, senador –, disse ela novamente.

—  Estão tentando fazer um circo –, concluiu Omar.

Faustão foi parar na CPI

A CPI da Covid não foi só tensão. Teve momentos Cômicos, também.

Fausto Silva, mais conhecido como Faustão, voltou a ser assunto nas redes sociais nesta terça-feira (29), mas dessa vez não foi por sua saída da TV Globo.

Isso porque, na CPI da Covid de hoje, o senador Eduardo Braga (MDB-AM) confundiu um deputado com o apresentador.

Faustão por Faustinho

Braga trocou o nome de Fausto Vieira dos Santos Junior (MDB-AM), relator da CPI da Saúde, pelo do comunicador de 71 anos.

A vontade dos deputados estaduais do Amazonas é de esclarecer os fatos. Esta CPI que o relator Fausto Silva...", se equivocou.

ÚLTIMA HORA

Sikêra Jr. Recebeu 120 mil para bajular Bolsonaro

O apresentador Sikêra embolsou o maior valor na verba liberada para falar elogiar Bolsonaro: R$ 120 mil.

O governo do presidente Jair Bolsonaro pagou 268 mil reais a apresentadores bolsonaristas. Entre os beneficiados pelos repasses estão apresentadores como Luciana Gimenez, Sikêra Júnior, Luís Ernesto Lacombe, além de jornalistas à frente de programas como Cidade Alerta e Balanço Geral, na Record TV. Os pagamentos foram feitos entre 2019 e 2020 e se referem à participação dos apresentadores em campanhas para a gestão federal. O levantamento é da Folha de S. Paulo. Os dados estão em posse da CPI da Covid no Senado e mostram os pagamentos da Secretaria Especial de Comunicação Social, a Secom.  Na lista, o apresentador que embolsou o maior valor foi Sikêra Jr., da Rede TV!, com 120 mil reais. Logo em seguida aparecem Luciana Gimenez, da mesma emissora. Os 51 mil reais pagos a Luciana são a soma de nove pagamentos entre 2019 e 2020. A apresentadora foi responsável por seis campanhas em defesa da Reforma da Previdência.

Luís Ernesto Lacombe, também da Rede TV!, está na lista. Ele embolsou 20 mil reais por duas campanhas, a primeira sobre a Semana Nacional do Trânsito e a segunda sobre a os riscos da exposição de crianças na internet.

ORGULHO

O Maranhão lançou na última semana uma campanha para incentivar a população a se imunizar e concorrer a prêmios em dinheiro. Para quem tomar a segunda dose da vacina contra a Covid-19, o Estado vai sortear prêmios de até 10 mil reais. Lembrando que a capital do Maranhão foi a primeira a vacinar pessoas acima de 18 anos sem comorbidades e conseguiu avançar na imunização com envio de lote extra de vacinas, para conter a disseminação da variante indiana do coronavírus, identificada na capital em maio.

VERGONHA

Vice presidente da CPI da Covid, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) repercutiu a decisão do Ministério da Saúde desta terça-feira (29) de suspender o contrato de compra da Covaxin. Randolfe afirmou que a suspensão do contrato pela Saúde trata-se de confissão de culpa.

“Se não tinha nada de errado, por que irão suspender? Isso só tem um nome! Confissão!", escreveu pelo Twitter. cancelamento do contrato acontece um dia depois de Bolsonaro ser alvo de uma notícia-crime enviada por três senadores ao STF (Supremo Tribunal Federal), que o acusam de prevaricação, crime cometido por funcionário público ao retardar ou deixar de praticar um ato de ofício — neste caso, a compra de vacinas contra a covid-19 — visando satisfazer interesse pessoal.

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