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Taxa de desemprego recua no Amazonas, aponta IBGE

A taxa observada no Amazonas é a maior que a média nacional, mas é a menor taxa observada no Estado desde o 4º trimestre de 2015 (9,3%)

A taxa de desemprego caiu em 22 das 27 unidades da federação no 2º trimestre, na comparação com os 3 primeiros meses do ano. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) Trimestral, divulgada hoje (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O Amazonas seguiu a tendência e registrou queda 2,6 pontos percentuais em relação ao trimestre anterior (13,0%), no Estado. Já na comparação entre o 2º trimestre de 2022 e o mesmo trimestre de 2021, houve queda de 5,4 pontos percentuais.

A taxa média de desocupação registrada no Brasil foi de 9,3%, no 2º trimestre do ano, com queda de 1,8 ponto percentual em relação ao trimestre anterior. Assim, a taxa do Amazonas (10,4%), mesmo com queda no trimestre, segue maior do que a nacional, mas é a menor taxa observada no Estado desde o 4º trimestre de 2015 (9,3%). Em relação aos Estados e Distrito Federal, a taxa do Amazonas foi a 12ª maior, empatada com a do Ceará. A mais alta foi a do Bahia (15,5%), seguida pela de Pernambuco (13,6%) e Sergipe (12,7%). A menor continua sendo a de Santa Catarina (3,9%).

Informalidade

A taxa de informalidade para o Amazonas, no 2º trimestre, foi de 57,7% da população ocupada (1.008 mil trabalhadores); mantendo a terceira maior taxa entre Estados e Distrito Federal. As maiores taxas ficaram com o Pará (61,8%), Maranhão (59,4%) e Amazonas (57,7%); e as menores, com Santa Catarina (27,2%), São Paulo (31,1%) e Distrito Federal (31,2%).

A informalidade no Estado manteve-se estável em relação ao 1º trimestre de 2022 (58,1%), caindo 0,4 ponto percentual. Embora ainda seja considerada elevada, é a taxa mais baixa registrada desde o 3º trimestre de 2020.

O trabalhador por conta própria sem CNPJ é a categoria que concentra a maior quantidade de trabalhadores informais (564.000), no Amazonas; seguida dos empregados do setor privado sem carteira assinada (211.000).

Pessoas ocupadas, por posição

No 2º trimestre de 2022, no Amazonas, dentre o total de 1.745 mil pessoas ocupadas, 595 mil estavam empregadas no setor privado (exclusive trabalhador doméstico), o que representa estabilidade no setor, em relação ao trimestre anterior (568 mil) e alta de 15,1% em relação ao 2º trimestre de 2021 (com 78 mil pessoas a mais). Das pessoas ocupadas no setor privado, 385 mil trabalhavam com carteira assinada e 211 mil, sem carteira assinada, alta de 19,7%, em relação ao trimestre anterior, com 35 mil pessoas a mais nesta condição de trabalho.

Em relação ao trabalhador doméstico, a maioria das pessoas trabalhavam sem carteira assinada: 72 mil das 80 mil pessoas ocupadas na função. Além disso, o número de pessoas ocupadas como trabalhadores domésticos manteve-se estável em relação ao último trimestre (6 mil pessoas a menos), e também em relação ao 2º trimestre de 2021, quando havia 72 mil pessoas ocupadas nesta função, no Estado.

No Amazonas, no 2º trimestre do ano, 268 mil pessoas estavam ocupadas no setor público, com alta em relação ao trimestre anterior (11,2% a mais). No total, havia 20 mil pessoas empregadas no setor público, com carteira assinada, e 106 mil sem carteira assinada (alta de 28,0% em relação ao trimestre anterior). Os demais empregados no setor eram militares ou funcionários públicos estatutários, que somaram 141 mil pessoas, números estáveis em relação ao trimestre anterior.

Havia 610 mil pessoas trabalhando por conta própria (34,9% do total de pessoas ocupadas), no Amazonas, no 2º trimestre; mil a menos, em relação ao trimestre anterior, mas, em contrapartida, havia 17 mil a mais, na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior.

Dentre as pessoas que trabalhavam por conta própria, 564 mil (92,4% do total de trabalhadores por conta própria) não possuíam CNPJ, indicador que se manteve estável.

O número de pessoas ocupadas como trabalhadores familiares auxiliares, aqueles que trabalharam sem remuneração, em ajuda na atividade econômica de membro do domicílio ou de parente, foi de 157 mil, no primeiro trimestre de 2022, para 147 mil, no segundo trimestre de 2022, ou seja, 10 mil pessoas a menos nesta função.

Quanto às pessoas ocupadas como empregadores, foram estimadas 45 mil, no segundo trimestre do ano, no Estado, 5 mil a menos, em relação ao primeiro trimestre de 2022.

Dentre esses 45 mil ocupados como empregadores, 31 mil trabalhavam com CNPJ, e 14 mil sem CNPJ, 8 mil pessoas a menos, em relação ao trimestre anterior (queda de 36,3%).

Rendimento médio apresenta estabilidade

O rendimento médio de todos os trabalhos das pessoas ocupadas manteve-se estável, com variação de 2,4%, em relação ao trimestre anterior (R$48,00 a mais, em valor monetário), passando de R$ 1.974,00, no 1º trimestre de 2022, para R$ 2.022, no 2º trimestre do ano. Já em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, a variação foi de 0,7%, R$ 13,00 a mais no rendimento médio do trabalhador do Amazonas, o que também representa estabilidade.

A massa de rendimentos é um indicador que demonstra qual foi a soma dos rendimentos brutos habitualmente recebidos, de todas as pessoas ocupadas em todos os trabalhos que tinham, na semana de referência da pesquisa. A massa de rendimentos reflete quanto os salários dos trabalhadores contribuiu para a economia.

No 2º trimestre de 2022, este valor chegou a 3,2 bilhões, o que representou estabilidade em relação ao trimestre anterior. Na comparação desse indicador com o mesmo trimestre do ano anterior, houve alta de 11,1%.


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