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Ciops registra mais de 43 mil trotes feitos ao serviço 190

Responsável pelo Serviço de Atendimento Emergencial 190, o Centro Integrado de Operações de Segurança (Ciops) está fazendo um levantamento dos números telefônicos usados em trotes para encaminhar para abertura de inquérito pela Polícia Civil. Entre janeiro e fevereiro deste ano, foram registrados 43.596 trotes aos telefones emergenciais, o que representou cerca de 25% das ligações recebidas no período.


De acordo com o coordenador do Ciops, major Alexandre Matos, os trotes geram muitos prejuízos ao sistema de segurança, desperdiçando horas de trabalho de policiais com deslocamento para atender ocorrências que não existem. “Em média, os trotes correspondem a 25% das chamadas atendidas no serviço. Logo, é 25% do trabalho para atender falsas chamadas. Por analogia, levando em consideração quatro turnos trabalhando em 6 horas, nós temos 1 turno de 6 horas quase que exclusivamente para atender as chamadas de trotes”, frisou o coordenador do Ciops.


Major Alexandre enfatiza que a realização de chamadas falsas é crime. De acordo com o Código Penal Brasileiro (CPB), uma ligação proposital para números de emergência com finalidade de desviar a função da linha, como trotes, falsas acusações, comunicação falsa de crimes, gerando movimentação desnecessária de dinheiro público ou desacato ao servidor, constituem em crimes previstos nos artigos 339 ao 342 do Código Penal.


Além disso, a prática também representa crimes contra a administração da Justiça ou 331 do Código Penal, dos crimes contra o Servidor Público, são passíveis de multas ou detenções, que vão de três meses a oito anos. Para mitigar os danos, o sistema de segurança vem trabalhando em conscientização. As medidas, segundo o oficial, conseguiram reduzir em 1% o número de trotes na comparação com dezembro de 2018.


“É importante que a população tenha consciência de que passar trote não é brincadeira, não é engraçado. É crime grave que atenta contra o trabalho da segurança e pode custar vidas, uma vez que enquanto estamos correndo atrás de situações falsas, situações reais graves podem estar acontecendo. Então, é de suma importância tomar atitudes para que essa prática seja coibida e por conta disso estamos encaminhado esses nomes dos envolvidos à Polícia Civil”, afirmou Alexandre Matos.

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