Ir para o conteúdo

Arthur Virgílio reúne convidadas para tratar sobre os 15 anos da Lei Maria da Penha

Para comemorar os 15 anos e os avanços da Lei Maria da Penha e debater a necessidade de novos instrumentos para coibir a violência contra a mulher, bem como deter os crescentes números de feminicídio no país, o Núcleo de Educação Política e Renovação do Centro Preparatório Jurídico (CPJUR), coordenado pelo ex-senador, ex-prefeito de Manaus e presidente do PSDB-AM, Arthur Virgílio Neto, promove na sexta-feira (6/8), o webinar ‘15 Anos da Lei Maria da Penha’, trazendo para o debate a ministra do Superior Tribunal Militar, Maria Elizabeth Rocha, primeira mulher a presidir o STM, além da presidente do PSDB Mulher-AM, Conceição Sampaio.

“É assustador que, em pleno século 21, a violência contra a mulher, seja no âmbito familiar ou extrafamiliar, ainda seja tolerada pelo poder público e se apresente como o maior empecilho para superar as desigualdades de gênero, porque subtrai ou impede os direitos e as liberdades de mulheres e meninas”, afirmou Arthur Virgílio, reforçando a importância da realização desse debate, que será mediado pelo diretor de Educação Continuada da Fametro, Filipe Venturine, a partir das 18h (hora Manaus), com transmissão pelo YouTube.

A convidada especial do webinar, Maria Elizabeth Rocha, é doutora em Direito Constitucional e mestre em Ciência Jurídico-Política, e tem uma ousada trajetória no âmbito do Judiciário, sendo a única mulher entre os 14 integrantes da corte superior militar e foi a primeira mulher a presidir o STM – 2014/2015. Ela não tem dúvidas de que a sua exclusividade se dá pelos “preconceitos sexistas e misóginos que perpassam o Poder Judiciário em todas as suas instâncias”. Em 2014, no discurso de posse, uma frase sua ganhou repercussão: “Uma democracia sem mulheres é uma democracia incompleta”.

“Tive a honra de ser o relator da sabatina promovida pelo Congresso para a confirmação de Maria Elizabeth Rocha como ministra do STM. E, em 2014, ela acabou sendo escolhida para presidir o tribunal, rompendo uma tradição de mais de 200 anos”, lembrou Arthur Virgílio. Um dos pontos que a ministra deverá trazer ao debate é que, por se tratar de uma lei híbrida, a Lei Maria da Penha não se aplica ao Código Penal Militar e os casos de violência contra mulheres militares vítimas de agressão praticada por militares são conduzidos pela Justiça Militar.

Já Conceição Sampaio é presidente do PSDB-Mulher no Amazonas, já foi deputada federal e deputada estadual e, recentemente, ocupou o cargo de Secretária Municipal da Mulher, Assistência Social e Cidadania (Semasc), na gestão do então prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto.

“A sociedade que defendemos precisa ser saudável e isso envolve o fim da violência contra a mulher. É uma honra destacar e debater no webinar esse tema juntamente com o nosso presidente do PSDB-AM, Arthur Virgílio Neto, e com a Ministra Elizabeth Rocha”, afirmou Conceição. Para ela, houve muitos avanços nos últimos 15 anos, a partir da Lei Maria da Penha, com o cuidado e a proteção da mulher, tornando crime a violência física, psicológica, patrimonial e a violência sexual. “Mas acredito que é preciso ainda mais e devemos lutar para tornar nosso mundo cada vez melhor e justo”, completou.

Transmissão será pela CPJURTV

Sobre a Lei

A Lei n. 11.340, sancionada em 7 de agosto de 2006 e em vigor desde 22 de setembro do mesmo ano, criou mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher e, com eles, medidas para a prevenção, assistência e proteção à mulher em situação de violência e recebe esse nome em homenagem à Maria da Penha Maia Fernandes, mulher cujo marido tentou matá-la duas vezes e que desde então se dedica à causa do combate à violência contra as mulheres.

Em 15 anos, a Lei registra muitos avanços e o primeiro deles foi desqualificar a Lei 9.099 que considerava a violência doméstica praticada contra as mulheres como de menor potencial ofensivo e romper o silêncio que acobertava mais de 70% dos homicídios praticados contra elas antes. Ainda assim, de acordo com pesquisas recentes realizadas para o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, mais de 17 milhões de brasileiras sofreram ou sofrem abusos físicos, sexuais ou psicológicos, todos os anos, no Brasil.

Publicidade ATEM
Publicidade TCE
Publicidade CIESA
Publicidade BEMOL
Publicidade UEA

Mais Recentes